No Egito Antigo existiam os palácios reais, que eram construídos a mando
do Faraó e serviam para abrigar toda a sua família, incluindo esposas
secundárias, descendentes e todos os funcionários que trabalhavam no palácio. O
Faraó podia ter inúmeros palácios e costumava se mudar de um para outro com
certa frequência. Esses palácios, em sua maioria, ficavam dentro dos complexos
dos templos.
Desde a I dinastia os nomes dos reis estão representados junto a desenhos
que simbolizam a fachada do palácio faraônico, o que demonstra a importância do
palácio real como centro ao redor do qual gravitavam inúmeras
atividades. Segundo a egiptóloga Arne Eggebrecht, o palácio, como complexo arquitetônico no meio da vila residencial, reunia não
somente o papel de local de habitação, ricamente equipado, para o rei e sua
família, mas também de praça fortificada, de sede central para a administração
e também de depósito para os arquivos do Estado. Entre os palácios dessa região, pode-se destacar o palácio de
Amenófis III em el-Malqata, na região de Tebas, construído no Império
Novo.
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Gravura de palácio egípcio |
Além dos templos, mastabas, pirâmides e diversas outras obras
arquitetônicas feitas no Egito Antigo, também existem diversos monumentos, como
os obeliscos, as colunas, os colossos e também a famosa Esfinge de Gizé, que
comprovam a diversidade da arquitetura egípcia na Antiguidade.
Colossos de Mêmnon é a designação atribuída a
duas estátuas gigantescas do faraó Amenófis III,
da XVIII Dinastia, situadas na necrópole da antiga cidade de Tebas, a
oeste da cidade de Luxor.
Estas duas estátuas eram entendidas como guardiãs do templo funerário do
faraó. Nos dois lados do trono figuram a
representação do sema-taui, símbolo que aludia à união entre o Alto e o
Baixo Egito, sendo possível ver o deus Hapi a realizar a união das duas plantas
heráldicas, o papiro e o lírio. Esses colossos foram feitos em quartzito,
possuindo cerca de dezoito metros, com um peso de 1300 toneladas.
Os obeliscos eram um importante elemento
na arquitetura do Antigo Egito. As colunas de pedra conhecidas
como obeliscos têm quatro lados que vão diminuindo progressivamente e que no
topo têm uma pirâmide. O mais antigo deles data de cerca de 4 mil anos. Os
obeliscos, geralmente de granito vermelho, eram extraídos pelos
antigos egípcios como um único bloco grande de pedra e erigidos na frente de
túmulos e templos, muitas vezes decorado com hieróglifos. O maior obelisco
ainda de pé fica em uma praça romana; tem quase 105 pés de altura e pesa por
volta de meia tonelada.
O objetivo
desses monumentos era honrar o deus-sol Rá. Foram erigidos para
agradecê-lo por sua proteção e pelas vitórias concedidas aos soberanos
egípcios, assim como para pedir favores. Além disso, acredita-se que seu
formato se originou das pirâmides. Eles representam os raios de sol que aquecem
e iluminam a terra. Entre os obeliscos do Egito tem o de Teodósio e o de Luxor.
O Obelisco de Teodósio foi construído a mando do
faraó Tutmés III, e foi levado, no século IV d.C. para Constantinopla
e colocado no Hipódromo, pelo imperador romano Teodósio I. Já
o Obelisco de Luxor é um milenar obelisco egípcio de
23 metros de altura colocado no centro da Praça da Concórdia, retirado
do Templo de Luxor. Ele tem 3 300 anos de existência, e marcava a entrada
do imponente Templo de Luxor.

Os tipos de colunas egípcias são divididos conforme seu capitel, sendo
que há três variações principais:
• Palmiforme – inspirada na palmeira branca;
• Papiriforme – inspirado nas flores de papiro;
• Lotiforme – inspirada na flor de lótus.
As colunas eram usadas em templos e palácios, como já foi dito, e estão
presentes no Templo de Luxor, onde há um enorme corredor de colunas, com
capitel papiriforme, e também no Templo de Karnak, onde há colunas papiriformes
e também palpiriformes.

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