segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Construções do Egito Antigo I




Templos

Os templos egípcios eram edifícios construídos para o culto oficial dos deuses e para celebrar os faraós do Egito Antigo. Estes templos eram vistos como casas destes deuses ou faraós para os quais haviam sido dedicados, e dentro destas residências os egípcios realizavam diversos rituais. Cuidar e abrigar estes deuses eram obrigações dos faraós, que por este motivo dedicavam enormes quantias de seu tesouro para construir e manter estes templos. A realização da maior parte destes rituais era delegada a um grupo de sacerdotes, e a maior parte da população não participava diretamente destas cerimônias. Ainda assim, os templos eram sítios religiosos importantes para egípcios de todas as classes.
A parte mais importante do templo era o santuário, que costumava conter uma estátua do deus a quem o templo havia sido dedicado. As salas do lado de fora do santuário foram expandidas e ficando mais elaboradas com o tempo, e os templos egípcios evoluíram dos pequenos santuários do fim do período pré-dinástico até os gigantescos edifícios de pedra do Império Novo. Estes edifícios estão entre os maiores e mais duradouros exemplos da arquitetura do Egito Antigo, com seus elementos dispostos e decorados de acordo com complexos padrões de simbolismo religioso. Seu projeto geralmente consistia de uma série de salões fechados, pátios abertos, e pilones colossais (porta monumental flanqueada por duas torres trapezoidais) nas suas entradas. O templo era cercado por uma muralha externa, dentro da qual estavam diversos edifícios secundários.
Os grandes templos também eram proprietários de grandes extensões de terra, e empregavam milhares de cidadãos comuns para satisfazer suas necessidades. Assim, eram também centros de grande importância econômica, e não só religiosa.
Entre os templos egípcios mais famosos, há o complexo de Abu Simbel, constituído por dois templos: o maior, dedicado ao faraó Ramsés II e aos deuses Rá, Ptah e Amun, e um menor, dedicado à deusa Hathor, personificada por Nefertari, esposa de Ramsés II. Também há o Templo de Dakka, dedicado a Toth, deus egípcio da sabedoria, o Templo de Karnak, em homenagem a Amon-Rá, rei dos deuses, o Templo de Kom Ombo, dedicado a duas divindades: o deus crocodilo Sobek, deus da fertilidade e criador do mundo, e o deus falcão Hórus, e o Templo de Luxor, dedicado também a Amon, e também a Mut, esposa deste, e Khonsu.
Os templos egípcios foram construídos templos por todo o Alto e Baixo Egito. A localização exata de um templo era escolhida muitas vezes por considerações religiosas: poderia, por exemplo, ser o local de nascimento ou sepultamento mítico de um deus. O eixo do templo também poderia ser projetado para se alinhar a locais de importância religiosa, como um templo vizinho, o sol nascente ou a posição de alguma estrela específica. O Grande Templo de Abu Simbel, por exemplo, foi construído de tal maneira que por duas vezes no ano o sol nascente ilumina as estátuas dos deuses em sua sala interna.

Templo de Abul Simbel

Templo de Karnak




Mastabas

Os egípcios começaram a construir túmulos desde a primeira dinastia do período arcaico, e as Mastabas eram túmulos funerários que precederam as pirâmides.
Uma Mastaba era construída com tijolos produzidos a base de argila e palha que eram expostos ao sol, para permitir o enrijecimento e corte mais preciso. As paredes eram feitas de tijolos empilhados para produzir as proporções monumentais admiradas pelos egípcios. Os materiais que eram usados na construção não permitiam que o corpo do cadáver permanecesse seco, fazendo com que os corpos se acabassem se decompondo mais rapidamente, o que era um problema grave para a cultura egípcia, que acredita na vida após a morte.
O restante da estrutura da Mastaba  era constituída de portas para fazer a ligação entre a capela funerária e os possíveis templos menores. Uma porta da capela era falsa, e servia para simbolizar a passagem para o reino dos mortos. Já as câmaras funerárias ficavam em posições bem mais inferiores, em um poço onde seria depositado o sarcófago.
As Mastabas eram ainda tomadas por pinturas murais, onde eram retratadas imagens que representavam o cotidiano do Antigo Egito, tendo grande valor para história da humanidade. Elas também eram reutilizadas por membros da família, e assim, é comum encontrar nas mastabas, além do corpo do faraó, também os de seus filhos e de sua esposa.
As Mastabas egípcias mais famosas são as de Gizé, que se localizam próximas a pirâmide de Quéops, a Mastaba el Fara´un, túmulo do faraó Shepseskaf. Além disso, outra construção importante é a Pirâmide de Djoser, também conhecida como pirâmide de Saqqara ou pirâmide de degraus, que foi erguida para o sepultamento do faraó Djoser por seu vizir, Imhotep.
Construída durante o século XXVII a.C., é considerada a primeira pirâmide a ser erguida do Egito, composta por seis mastabas de dimensões decrescentes, construídas uma sobre a outra.

Mastaba

Pirâmide de Djoser

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