Templos
Os templos egípcios eram
edifícios construídos para o culto oficial dos deuses e para celebrar
os faraós do Egito Antigo. Estes templos eram vistos
como casas destes deuses ou faraós para os quais haviam sido
dedicados, e dentro destas residências os egípcios realizavam diversos rituais.
Cuidar e abrigar estes deuses eram obrigações dos faraós, que por este motivo
dedicavam enormes quantias de seu tesouro para construir e manter estes
templos. A realização da maior parte destes rituais era delegada a um grupo
de sacerdotes, e a maior parte da população não participava diretamente
destas cerimônias. Ainda assim, os templos eram sítios religiosos importantes
para egípcios de todas as classes.
A parte mais importante
do templo era o santuário, que costumava conter uma estátua do
deus a quem o templo havia sido dedicado. As salas do lado de fora do santuário
foram expandidas e ficando mais elaboradas com o tempo, e os templos egípcios
evoluíram dos pequenos santuários do fim do período pré-dinástico até os
gigantescos edifícios de pedra do Império Novo. Estes edifícios estão
entre os maiores e mais duradouros exemplos da arquitetura do Egito
Antigo, com seus elementos dispostos e decorados de acordo com
complexos padrões de simbolismo religioso. Seu projeto geralmente
consistia de uma série de salões fechados, pátios abertos, e pilones colossais (porta
monumental flanqueada por duas torres trapezoidais) nas suas entradas. O templo
era cercado por uma muralha externa, dentro da qual estavam diversos edifícios
secundários.
Os grandes templos
também eram proprietários de grandes extensões de terra, e empregavam milhares
de cidadãos comuns para satisfazer suas necessidades. Assim, eram também centros
de grande importância econômica, e não só religiosa.
Entre os templos
egípcios mais famosos, há o complexo de Abu Simbel, constituído por dois
templos: o maior, dedicado ao faraó Ramsés II e aos
deuses Rá, Ptah e Amun, e um menor, dedicado à
deusa Hathor, personificada por Nefertari, esposa de Ramsés II. Também há
o Templo de Dakka, dedicado a Toth, deus egípcio da sabedoria, o Templo de
Karnak, em homenagem a Amon-Rá, rei dos deuses, o Templo de Kom Ombo, dedicado a duas divindades: o deus crocodilo
Sobek, deus da fertilidade e criador do mundo, e o deus falcão Hórus, e o
Templo de Luxor, dedicado também a Amon, e também a Mut, esposa deste, e
Khonsu.
Os templos egípcios
foram construídos templos por todo o Alto e Baixo Egito. A
localização exata de um templo era escolhida muitas vezes por considerações
religiosas: poderia, por exemplo, ser o local de nascimento ou sepultamento
mítico de um deus. O eixo do templo também poderia ser projetado para se
alinhar a locais de importância religiosa, como um templo vizinho, o sol
nascente ou a posição de alguma estrela específica. O Grande Templo de Abu
Simbel, por exemplo, foi construído de tal maneira que por duas vezes no ano o
sol nascente ilumina as estátuas dos deuses em sua sala interna.
Templo de Abul Simbel |
Templo de Karnak |
Mastabas
Os egípcios começaram a
construir túmulos desde a primeira dinastia do período arcaico, e as Mastabas eram túmulos funerários que precederam as pirâmides.
Uma Mastaba era construída com
tijolos produzidos a base de argila e palha que eram expostos ao sol, para
permitir o enrijecimento e corte mais preciso. As paredes eram feitas de
tijolos empilhados para produzir as proporções monumentais admiradas pelos
egípcios. Os materiais que eram usados na construção não permitiam que o corpo
do cadáver permanecesse seco, fazendo com que os corpos se acabassem se
decompondo mais rapidamente, o que era um problema grave para a cultura
egípcia, que acredita na vida após a morte.
O restante da estrutura
da Mastaba era
constituída de portas para fazer a ligação entre a capela funerária e os
possíveis templos menores. Uma porta da capela era falsa, e servia para
simbolizar a passagem para o reino dos mortos. Já as câmaras funerárias ficavam
em posições bem mais inferiores, em um poço onde seria depositado o sarcófago.
As Mastabas eram ainda tomadas por
pinturas murais, onde eram retratadas imagens que representavam o cotidiano
do Antigo Egito, tendo grande valor para história da humanidade. Elas
também eram reutilizadas por membros da família, e assim, é comum encontrar nas
mastabas, além do corpo do faraó, também os de seus filhos e de sua esposa.
As Mastabas egípcias
mais famosas são as de Gizé, que se localizam próximas a pirâmide de Quéops, a
Mastaba el Fara´un, túmulo do faraó Shepseskaf. Além disso, outra construção
importante é a Pirâmide de Djoser, também conhecida como pirâmide de Saqqara ou pirâmide de degraus, que foi erguida para o sepultamento do faraó Djoser por seu vizir, Imhotep.
Construída durante o século XXVII a.C., é considerada a primeira pirâmide a ser erguida do Egito, composta por seis mastabas de dimensões decrescentes, construídas uma sobre a outra.
![]() |
Mastaba |
Pirâmide de Djoser |
Nenhum comentário:
Postar um comentário